Modelo de Comitês Simulados do CEFET-MG

        A relação entre Estado e Forças Armadas é uma questão delicada. Quando em harmonia, ambos trabalham juntos para defender  o território de seu país e promover a paz dentro do mesmo. Mas o que acontece quando suas posições divergem e os militares se aproximam muito da oposição? O que acontece quando esses mesmos militares possuem um poder de fogo muito acima do que o governo pode controlar? Em geral, o resultado é um golpe militar.

        Este foi o caso da Guiné-Bissau, que em 12 de abril de 2012 teve seu presidente e primeiro-ministro presos pelos militares. A justificativa da operação seria os acordos secretos feitos pelos governos da Guiné-Bissau e de Angola. Após o golpe, o caos se instalou. A falta de um governo efetivo deu maior poder às gangues e milícias que vêm crescendo e aterrorizando os cidadãos guineenses. A violência, então, faz dos 1,664 milhões de guineenses reféns em sua própria pátria.

   Sensibilizados pela situação vivida na Guiné-Bissau, a Comunidade dos Estados da África Ocidental (ECOWAS) decidiu por ajudar o país a recuperar a estabilidade e manter a paz. Foi então instalada no país a ECOMIB (Força de Alerta da ECOWAS na Guiné-Bissau).

        Mas nem sempre a intervenção de países vizinhos e aliados é o suficiente. Os índices de violência continuaram a subir e chegaram a um nível alarmante. As autoridades e órgãos internacionais se mostram realmente preocupados com o estado em que o país se encontra. O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, solicitou ao Conselho de Segurança uma discussão sobre um possível reforço às tropas da ECOMIB. É dever do Conselho impedir conflitos e situações que ponham em risco os direitos garantidos a todos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.