Com um solo rico em cobre e ferro, somado à posição estratégica no Mediterrâneo, o Chipre tem uma história marcada por guerras e intervenção externa que implicaram numa conturbada identidade nacional.

  Independente do Reino Unido no fim da década de 60, a ilha passava por turbulências internas, com conflitos entre as facções étnicas pela tomada de governo. Tais embates tomam dimensão de um golpe de Estado que busca a anexação do Chipre à Grécia, motivo que faz a Turquia invadir a porção norte do país alegando a proteção dos tuksins, comunidade cipriota de ascendência turca e fiel ao Islã. 

   As tensões continuaram por noves anos e quase todas as decisões das Nações Unidas foram violadas. Agora, novembro de 1983, o quadro ganha um sério problema: o norte declara-se independente, e está disposto a lutar por isso. 

  O Conselho de Segurança deve, mais do que em toda a história do conflito, tomar decisões concretas perante não só o retorno de uma guerra e um povo dividido, mas contra uma onda de caos que tem grande chance de se propagar.

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