A guerra civil somali mata milhares de somalis todos os anos e o conflito se torna mais complexo a cada dia que se passa. Pirataria, terrorismo, intervenções militares estrangeiras, inanição, um cenário político militar conturbado e extremistas islâmicos tomando de assalto cidades são somente alguns dos problemas em território somali.

     Neste conflito temos a União dos Tribunais Islâmicos (UTI), que provê educação, segurança e saneamento, mesmo que precários, para a população, mas que impõe à população a Sharia, executa aqueles que discordam com o sistema imposto e mantêm relações com organizações terroristas. E também temos o Governo Federal de Transição (GFT) e as tropas Etíopes, que lutam pelo controle do país, para que ocorra a reconstrução de um Governo propriamente dito, mesmo que um massacre seja necessário. Essas duas forças principais estão imersas num conflito que leva a nação à morte, fome, miséria e busca por refúgio em outros países.

     Nesse contexto, milhares de somalis são mortos ou feridos todos os dias, ou pela guerra, ou pelas suas consequências. O número de refugiados nas fronteiras cresce a cada dia que se passa, assim como o de pessoas em estado de inanição e que correm risco de morte.

     É por isto que a Liga de Estados Árabes e seus 22 Estados-Membro, tendo plena consciência dos fatos ocorridos em território somali, se dispõem a se reunir entre os dias 01 e 02 de fevereiro do ano de 2007, no Cairo, para encontrar, de maneira mais eficaz e prática possível, meios para se obter o fim do conflito, a proteção da população e a restauração do Governo somali.